Jardim Azul ✿

O Jardim Azul ✿ é um projeto de arte e sustentabilidade da EMERGE — Associação Cultural direcionado para a participação ativa da comunidade local e que visa revitalizar um jardim público que passa despercebido da população em geral. Este jardim encontra-se imediatamente ao lado do Teatro-Cine de Torres Vedras, pertencendo a um edifício histórico ao qual chamamos Casa Azul▲ onde realizamos exposições de arte contemporânea e onde têm sede outras associações com âmbitos diversos.

Site oficial: jardimazul.emerge-ac.pt/

O projeto atua em quatro eixos: 1. reenergizador; 2. relacional; 3. Interventivo e 4. ativador. 

No primeiro, é pretendido levar a cabo um processo de revitalização do solo, que se encontra extremamente compactado, e proceder à reorganização estrutural com vista à melhor localização das plantas existentes e por forma a que estas sejam mais eficientes. O objetivo é tornar o jardim biológico, autossustentável e capaz de receber novas plantas. A base de atuação está sustentada numa lógica de permacultura, programa que será desenvolvido em parceria com a associação Matéria Cíclica (www.cyclicmatter.org) e outras organizações formais e não formais que se queiram juntar a esta causa. Este eixo usa recursos já existentes e desenvolvidos pela Câmara Municipal de Torres Vedras (www.cm-tvedras.pt/ambiente/espacos-verdes). 

No segundo eixo, pretende-se estabelecer programas de relação de proximidade e identidade com o jardim. O objetivo é convidar a comunidade para o envolvimento no projeto desde o seu estágio inicial. É também esperado que todas as ações tenham participação ativa. O registo toponímico do jardim e sua colocação no Google Maps, a angariação de parceiros e de financiamento, levantamento histórico do jardim (www.cm-tvedras.pt/cultura/arquivo-municipal), criação de mobiliário de jardim, reativação da fonte e implementação de projetos são também parte do eixo relacional. 

O eixo interventivo visa atuar nas vertentes artísticas que intervenham no jardim, de forma permanente ou efémera. Estes processos terão de estabelecer pontes de afinidade com as próprias energias que emanam da sua história e da sua configuração atual, por forma a estabelecer novos entendimentos e olhares sobre o mesmo. Os artistas convidados, que apresentarão projetos próprios a implementar neste jardim, são: Inês Ferreira-Norman, que já realizou em 2021 a performance interventiva Mineriazur: uma estória da cor azul, Henrique Neves e Maria do Mar que apresentarão em 2022 Flores do Deserto, Luís Nobre e Pedro Gramaxo com projetos a apresentar futuramente.

O quarto eixo pretende ativar o jardim com ações programadas num conceito de growing programming, entre as quais oficinas, conversas, exposições, leituras de livros, eventos de poetry slam e micro-concertos de música. Neste momento, estamos a preparar oficinas de compostagem orgânica e de pintura ecológica com a Matéria Cíclica, entre outras iniciativas que estamos a preparar. 

O objetivo é devolver um jardim em pleno centro histórico à população local e que esta possa usufruir plenamente dele. Assim, pretende-se contribuir para uma melhor qualidade de vida para todos os cidadãos, em especial para a população mais idosa e com pouca mobilidade. Também é esperado que este projeto possa repercutir numa melhor e mais ampla relação com a cidade de Torres Vedras, ao mesmo tempo que se promove o aproveitamento de recursos e uma opção de vida mais sustentável e mais consciente. 

Apoios: Câmara Municipal de Torres Vedras, Junta de Freguesia Santa Maria, São Pedro, Matacães e SMAS Torres Vedras

Parceiros: Matéria Cíclica

Organização EMERGE
Co-curadoria e serviço educativo Jorge Reis e Mafalda Duarte Barrela
Gestão de projeto Daniela Ambrósio

Uma ideia original de Jorge Reis

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